
Histórico Acordo de Paz é Firmado Entre Rússia e Ucrânia: Fim Oficial da Guerra é Anunciado
Redação Internacional | Melhor Que Temos | Mídia Inteligente
12 de maio de 2025
Genebra, Suíça — Após mais de três anos de conflito devastador, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegaram a um acordo histórico de paz que encerra oficialmente a guerra iniciada em fevereiro de 2022. O tratado será assinado formalmente nos próximos dias em Genebra, com a presença de representantes da ONU, União Europeia, China, Turquia e do Vaticano.
A guerra, que já custou centenas de milhares de vidas e resultou em deslocamento de milhões de civis, transformou-se no mais sangrento conflito europeu desde a Segunda Guerra Mundial. O acordo representa uma virada significativa e marca um raro momento de consenso diplomático após anos de impasses.
Os Termos do Acordo de Paz
Embora os detalhes finais ainda estejam sendo ajustados, fontes próximas às negociações anteciparam os pontos centrais do tratado:
- Reconhecimento territorial mútuo: A Rússia manterá o controle administrativo da Crimeia, mas se compromete a retirar suas tropas das regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson, com a promessa de não interferência em assuntos ucranianos nessas áreas.
- Neutralidade militar da Ucrânia: Kiev compromete-se a manter um status de neutralidade militar, não aderindo formalmente à OTAN nos próximos 20 anos, embora continue a cooperação com países ocidentais em áreas civis e tecnológicas.
- Reconstrução e ajuda humanitária: Um fundo internacional de reconstrução será criado, liderado pela ONU e financiado por países como Alemanha, Estados Unidos, China e Emirados Árabes Unidos, com contribuições também da Rússia e Ucrânia. Estima-se um investimento inicial de US$ 150 bilhões.
- Troca de prisioneiros e garantias humanitárias: Ambas as partes concordaram em libertar prisioneiros de guerra e colaborar com organizações internacionais para o retorno seguro de civis deslocados e crianças deportadas.
Mediação Internacional Decisiva
O papel da diplomacia internacional foi crucial. O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, e o Papa Francisco foram protagonistas na mediação, junto com representantes da Suíça e do Vaticano, promovendo encontros confidenciais ao longo de 2024 e início de 2025.
O cessar-fogo, que já estava em vigor informalmente desde março deste ano, abriu espaço para um avanço significativo nas negociações diretas. A pressão econômica sobre Moscou e o esgotamento militar e financeiro de ambos os lados foram determinantes para a disposição mútua ao diálogo.
Reações Internacionais
O anúncio foi amplamente celebrado no cenário internacional. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que este é “um marco na diplomacia moderna e uma esperança renovada para o mundo”. Líderes do G7 e da União Europeia elogiaram o acordo como “um passo essencial para a estabilidade global”.
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden afirmou que “o fim da guerra é uma vitória para o povo da Ucrânia, para a paz mundial e para o futuro da democracia”.
Desafios Pós-Guerra
Apesar do alívio generalizado, especialistas alertam para os desafios da reconstrução e da reconciliação. A Ucrânia enfrenta a difícil tarefa de restaurar sua infraestrutura, acolher milhões de refugiados e lidar com o trauma coletivo da guerra. A Rússia, por sua vez, deve encarar o impacto das sanções, a instabilidade interna e o desafio de reinserção na comunidade internacional.
Mensagem dos Líderes
Em pronunciamentos simultâneos transmitidos neste domingo, Putin afirmou que “a paz sempre foi o objetivo final da Rússia, e este acordo garante a segurança para todos os povos envolvidos”. Já Zelensky declarou que “a soberania da Ucrânia está preservada, e a paz conquistada é o triunfo da coragem, da resistência e da diplomacia”.
A cerimônia de assinatura oficial está marcada para sexta-feira, 16 de maio, no Palácio das Nações, em Genebra. O evento será transmitido ao vivo e deve contar com a presença de líderes mundiais e representantes das principais agências humanitárias.
A ida antecipada de Janja à Rússia em avião da FAB levanta questionamentos sobre prioridade, protocolo e transparência
A antecipação da viagem de Janja da Silva, primeira-dama do Brasil, à Rússia a bordo de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) acendeu um debate necessário sobre os limites do uso de recursos públicos, prioridades diplomáticas e o papel institucional da primeira-dama.
Embora não haja impedimento legal para que cônjuges de chefes de Estado utilizem aeronaves da FAB em missões oficiais ou eventos de relevância internacional, a antecipação da viagem — sem a presença do presidente ou de agenda pública previamente divulgada — levanta dúvidas sobre a real natureza e urgência da visita. A falta de clareza alimenta especulações: trata-se de um gesto simbólico de aproximação diplomática? Uma viagem pessoal disfarçada de missão oficial? Ou apenas mais um exemplo de como os limites entre o público e o privado seguem sendo desrespeitados?
O timing também é delicado. A ida da primeira-dama ocorre em meio a um cenário internacional altamente sensível, com negociações de paz entre Rússia e Ucrânia em curso. A presença isolada de Janja, mesmo que simbólica ou cultural, poderia ser interpretada como um gesto político fora do escopo institucional de seu cargo — algo que deveria ser evitado em tempos de tensão geopolítica.
Mais uma vez, falta ao governo federal transparência e comunicação eficaz sobre o propósito e os custos da viagem. Quando figuras públicas utilizam bens do Estado, especialmente em momentos de aperto fiscal e crise social, a sociedade tem o direito de saber o porquê, o para quê e quanto isso custou.
Por fim, embora a atuação de Janja tenha ganhado projeção pública e relevância na gestão atual, é essencial lembrar que o cargo de primeira-dama não tem função constitucional ou orçamentária formal. Portanto, sua atuação em missões internacionais precisa ser bem justificada e, principalmente, tratada com o mesmo rigor institucional exigido de qualquer autoridade.
A viagem pode até ter bons propósitos, mas a forma como foi feita — sem clareza, antecipada, e usando estrutura estatal — enfraquece a confiança da população e abre margem para críticas legítimas. O exemplo deve vir de cima. E, neste caso, faltou.